Vivemos tempos de incertezas. Aquilo que tomávamos com certo tornou-se incerto e fluido. As ciências da vida humana explicam-nos que temos que deixar de ser humanos para reconquistarmos a liberdade de ser humanos.
As ciências sociais, estão a falhar por não previram instrumentos para trabalhar sobre o caos e a turbulência. As escolas e as universidades continuam a ensinar as velhas teorias dos anos sessenta. A passagem do presencial para o tele é feita apenas pela simples mudança de canal sem ter em linha de conta as mudanças de conteúdos que a complexidade exige hoje.
Exigem-se que nos encapsulemos nos nosso favos urbanos. Impõem-nos cortars com as ligações diretas com outros humanos.
Estão a proibir o amor! Cerceiam-se os movimentos na cidade e fazem do ato de flanear em demanda da pedra filosofal uma desobediência civil.
Procura-se simplificar a complexidade com a simplicidade da unidade. Quando for tempo lá nos termos que adunar.
Como vamos fazer o sinédoque desta nossa solidão?
Podíamos perguntar ao governo que medidas forma tomadas para salvaguardar o amor e a amizade. Podiamos gritar e clamar pelo direito à felicidade. Onde estão os incentivos à economia da felecidade. Não haverá por aí PME´s e Microempresas produtoras de felicidade.
Podíamos exigir à Direção Geral do Património Cultural medidas para ajudar os poetas e os saltimbancos que estão privados da sua cidade. Quem apoia-se o cantadores do futuro?
Para sermos humanos necessitamos mais da imaginação e da fantasia do que da abstracção e do pensamento positivo.
Não precisamos que nos leiam poesia ou que nos cantem.
Precisamos é de fazer poesia.!