Levam se três dias consecutivos sem luz. As comunicações vão se perdendo, os frigoríficos deixam de conservar. A noite e mesmo noite Longa e quente.
Em Canchumgo a eletricidade e privada. Isto ė. Em tempos deve ter sido pública. Pelo menos o lugar do gerador, revela um edifício do tempo colonial. A meio da vila, para distribuir pelas casas mais abastadas. Atualmente, o Sr. Augusto, um dinâmico empresário local, e concessionário ou prioritário do gerador. Um gerador ja velhinho, de fabrico chinês.
Habitualmente a eletricidade é fornecida por dois períodos. Um diurno, e outro noturno. Recentemente, o diurno foi sendo suprimido. A agora também o noturno.
Dizem que os serviços públicos, naturalmente consumidores diurnos, não pagam à vários meses. Logo não ha dinheiro para repor o combustível. E sem combustível não há eletricidade.
E uma situação recorrente. Literalmente não há dinheiro na administração pública. Não há salarios. Os fornecedores não são pagos. O dinheiro que circula e escasso. A sociedade civil troca, mas numa escala de pequena dimensão.
Um país suspenso e sem luz!
Crónica da Guiné #48