É com um prazer muito especial que este blogue conta, a partir de hoje, com a colaboração de Manuel António Pina.
Um texto de Manuel António Pina (*)
Originalmente publicado em NotíciasMagazine, de 20/10/2008 (aqui com ligeiras modificações).
Conheci-a em 1974, nos improváveis dias do 25 de Abril. Ao longo de madrugadas intermináveis, sonhávamos então o mais excessivo dos sonhos, o da Liberdade. Nós tínhamos 20 ou 30 anos, ela 60. Atordoados, nós acordávamos, esfregando ainda deslumbradamente os olhos, de uma obscura noite sem sonhos; ela transportava consigo algo raro, um passado. E algo luminoso, a que, por não saber que nome tem, chamo fidelidade. Deslumbramento e fidelidade eram tudo o que possuíamos; com tão pouco, tentávamos ensinar a sonhar, na campanha de dinamização cultural do MFA, gente que, como aquela, ciméria, de que fala Plínio, nunca sonhara.
Com Judith Cortesão descobrimos o mais esquecido…
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vendo filme 16mm em película do filme TAIM
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