As abordagens da pedagogia da autonomia, de influência libertária, distinguem habitualmente os objetivos educativos em três categorias: a educação como reprodução de saberes, técnicas e valores, as pedagogias da emancipação, que se preocupam com o desenvolvimento dos indivíduos e ou transformação da sociedade; e a “pedagogia da redenção”. A pedagogia de redenção, é pouco usada na conceção de sistemas de educação, remetendo-se para outras instituições sociais, de correção e ou de formação de adultos.
A pedagogia da autonomia de influência libertária insere-se nas linhas da transformação dos indivíduos e da sociedade, acentuando a dimensão libertária, não violenta e autogestionária dos processos. Como prática educativa parte da participação dos alunos em grupos, valoriza os processos de decisão pela democracia participativa. A pedagogia libertária tem vários pontos de convergência com algumas propostas pedagógicas, como o Método Moderno, O MEM, A Educação para Paz, A educação para a liberdade.
A experiencia pedagógica passa pela produção de conhecimento relevante em grupo, da reflexão das experiencias vivenciadas e na proposta de desenvolvimento de processo de ação autogestionados. O processo educativo é sempre anti autoritário, não violento de não diretivo.
O papel do professor é nesse sentido um mediador que ajuda e aconselha no desenvolvimento de atividades, podendo efetuar alguma tutoria não diretiva, partindo da identificação que cada aluno faz das suas necessidades.
Com base no trabalho em grupo, cada indivíduo tem a liberdade de escolher participar. Mas o grupo deve discutir todas as questões, e deve desenvolver atividade de integração dos vários membros.
A pedagogia da autonomia procura desenvolver os conhecimentos relevantes. Por essa razão, a medida de avaliação dos processos é a sua adequação à pratica social e em relação ao seu potencial de uso.
Alexander Neill e Carl Rogers são grandes influenciadores da Pedagogia da autonomia. Na América do Sul nota-se a influência de Michel Lobrot[1] e Paulo Freire. Na Europa, por vezes refere-se a influencia do trabalho de Célestin Freinet, e do Movimento de Escola Moderna. Algumas escolas “Paideia” Escola Livre; Orfanato Cempuis (1880 – 1894), de Paul Robin, O movimento das Escolas Modernas (1901 – 1953), iniciado por Francesc Ferrer i Guàrdia, A Colméia (1904 – 1917), de Sébastien Faure. Summerhill (1921 – atual), de A.S. Neill
[1] Michel Lobrot (n.1914). Desenvolveu a pedagogia não diretiva com base no Trabalho de Carl Rogeres