
Psicólogo e neurologista, Claparède trabalhou a partir da Universidade de Geneve as questões do desenvolvimento da criança e da memória. Influencia as teorias educacionais na primeira metade do século XX, através das suas ideias de desenvolvimento funcional do cérbero por etapas.
A fundação do Instituto Jean-Jacques Rousseau em 1912, tornou-se num laboratório de referência para a psicologia da educação.
Claparède estuda os processos de tomada de consciência e a sua relação com os processos cognitivos. De acordo com as suas teorias, o processamento cognitivo pode ser independente do processo de formação de consciência, desse que ocorra num determinado processo. A sua “Lei da tomada de Consciência” deu origem aquilo a que se chama a psicologia cognitiva, que defende que toda conduta é ditada interesses e toda a ação se destina a atingir um objetivo determinante num determinado momento.
Os seus trabalhos fundamentam a teoria científica da infância, baseado na ideia de estádios de desenvolvimento, que mais tarde será detalhada por Jean Piaget. Dado que em cada estádio mental ou etapa, existe uma determinada capacidade de processamento cognitivo, o ensino deveria ser feito por etapas ou níveis. Com Claparède o currículo torna-se objeto de estudo científico. As suas teorias embasam a Escola Nova e a teoria cognitiva de Piaget.
Fundamente, por exemplo a necessidade do professor captar a atenção do aluno e compreender as suas motivações para construir um percurso pedagógico a partir dos seus interesses. Defende o uso de jogos em ambiente escolar, induzindo a capacidade de resolução de problemas. É também defensor da participação dos alunos na construção das aprendizagens em detrimento das aulas expositivas.
Nos estudos sobre a memória aborda as questões do trauma e da formação das memórias.