A Escola Nova é o nome de um movimento de renovação e mudança na pedagogia que se desenvolveu na Europa e América nos finais do século XIX e primeira metade do século XX. A Escola Nova abriu caminhos para a Metodologia de Projeto e para o Movimento da Escola Moderna que se desenvolverá na segunda metade do Século XX. Noutras latitudes, mais setentrionais surgirão processos educativos críticos que ajudarão a configurar uma pedagogia decolonial.
O contexto das ciências sociais no final do século XIX era de forte crescimento e avanço teórico, com várias propostas de abordagem. Surgem nestes anos, a psicologia, a biologia, a pedagogia.
O crescimento urbano e industrial na Europa e América foi intenso e as mudanças sociais muito visivéis, exigindo-se melhores sistemas de ensino, e aprendizagens mais adequadas às necessidades da sociedade. Emerge também a ideia de eficiência das aprendizagens pela necessidade dos sistemas darem resposta (formarem trabalhadores adequados) às transformações societais que estavam a acontecer.
Nos anos 20 e 30, a Escola Nova vai ganhar adeptos em vários países e as redes de disseminação alargam-se. Na Escola Nova sente-se uma severa crítica à educação tradicional baseada na transmissão de conteúdos curriculares, descontextualizados da vida dos alunos e sem significado pático evidente. .
A Escola Nova é influenciada pelas ideias filosóficas da liberdade e igualdade entre os todos, o direito de todos à educação (educação universal) através de um sistema público de acesso universal. A educação, através desta bandeira torna-se numa ferramenta de combate às desigualdades sociais.
A pedagogia de Escola Nova tem como principal fim ativar a vontade de aprender da criança, procurando desenvolver processo educativos que favoreçam a autonomia e o desenvolvimento da capacidade reflexiva dos alunos.
Bibliografia
Manuel Henrique Figueira,Um roteiro da educação nova em Portugal. Escolas novas e práticas pedagógicas inovadoras (1882-1935), Lisboa, Livros Horizonte, 2004, 319 páginas.