Museus como Lugares de encontro onde se constroem Pontes entre Culturas
De uma forma geral Museus são instituições onde se encontram narrativas sobre o interesse duma dada formação cultural sobre outras, seja do passado (museus históricos e arqueológicos), seja sobre os outros (museus de etnologia) ou, tal como espelhos, mostram narrativas de como essa formação de vê no tempo (museus de arte e museus de ciência).
Esta plasticidade da instituição é simultaneamente uma das razões da sua miséria nas sociedades atuais (por incompreensão do seu valor económico) e da sua potência (por serem lugares de poder e de criação de vida). Ambas, sejam como virtudes, sejam como vícios, ou se quisermos como agora se diz vantagens e bloqueios.
Na verdade, usando os instrumentos da análise estratégica o modelo SWAT, acentua uma dimensão de análise das forças internas: forças e fraquezas (Strengts and weakness); e uma dimensão do ambiente em que se atua, através da análise das oportunidades e ameaças (opportunities and threats), revela-se como uma ferramenta relativamente frágil no âmbito das organizações culturais. Não está em causa a sua validade para os estudos da qualidade, da produtividade social e da eficiência e eficácia. A questão está em que este tipo de organizações que recorrem à análise estratégica, atuam num mercado competitivo.
As organizações culturais, embora sejam de alguma forma competitivas entre si, acabam por se valorizar naquilo que é específico ou que fazem bem. Os museus, ou melhor, cada museu é de certo modo um caso único, não tendo em si concorrência, embora concorra com outros, para atrair visitantes. E entre esta dificuldade de entender o que é específico e o que é comum destas organizações museológica perde-se frequentemente alguma clarividência de análise. E é aqui que a análise da função social dos museus poder ser uma ferramenta útil.